A chuva cai suavemente sobre o teto pobre das casas caiadas.
Mas também cai na casa nobre, em seu palacete, mármore importado.

Poucas às vezes que se parecem, mas na chuva são todos iguais.

O pobre molhado, o rico molhado.

As diferenças, o pobre toma aguardente e dorme com roupa molhada.
O nobre toma vinho e fundue de queijo, roupão de seda, em quente lareira, com massagens da empregada.

No dia seguinte com dor nas costas, do frio passado.
Mas para o nobre, vida normal ele é mais forte, não sente o frio da madrugada.

A chuva volta invade a porta, alaga tudo, estraga tudo, não resta nada.


Na casa nobre sente-se a falta da empregada , filho doente, casa molhada.

O rico e o pobre, a chuva forte pegou os dois de madrugada.

O rico sofre o pobre morre, acabou tudo não resta nada .

A chuva cai suavemente na madrugada, não molha o rico, não molha o pobre .

O rico é nobre e o pobre morto não sente nada.

OripêMachado.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 28/11/2011
Reeditado em 29/11/2011
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