Funeral à última flor sincera
A bela flor despedaçada que tu erguestes,
No alto da mais íngreme montanha distante,
com pétalas caídas, espinhos secos e hesitante verde
Não será a flor de um jardim delirante.
...
Antes fosse e como outras não sofresse!
Será a flor plantada no realístico cemitério.
Renascerá morta, porém sempre existente.
Findará com negro todos os seus mistérios.
Não será rótulo a alguma mente reluzente.
...
Nem mártir de causa que não conhecesse.
Antes, será lembrada por aqueles que já perecem.
Num ponto em comum vivo, mas não ardente.
Pois os que muito ardem não pressentem
que serão findos e não eternos.
(Infelizmente não consegui rimar eterno com nenhum desses versos se é que vocês me entendem.)