DOR DA ALMA

Qual o tamanho da dor, até quanto e quando suportamos, tem como mensurar?

Existe remédio para a dor da alma?

As nossas representações, as nossas crenças, ajudam ou atrapalham em tal momento?

As seqüelas da dor da alma, às vezes deixam cicatrizes pelo resto de nossas vidas.

Tentar processar, compreender, aceitar perdoar, são caminhos percorridos, ou seja, difícil de entender.

A dor é a conseqüência, no primeiro momento, ficamos perdidos, paralisado, depois vamos tentando entender. E muitas vezes não conseguimos evoluir, superar. O ciclo vital vai se restringindo e nos sentimos pequeno demais, detonados em todos os sentimentos, tristeza, melancolia, solidão, enfim achamos que descemos até o fundo o poço e não tem volta.

É como se estivesse vivendo um luto, muitas dores se assemelham a perda de um ente querido, corrigindo é pior, pois quando se morre alguém, sabemos que um dia isso ia acontecer. Sabemos que a morte faz parte da vida, inclusive suas conseqüências, que são as dores dos que ficam.

Agora quando algo nos pega de surpresa, como uma decepção, fica muito mais difícil entender e superar o luto, de algo que não pode ser ENTERRADO, pelo menos naquele momento.

Agora a dor por si só, é muito doida, às vezes achamos que estamos bem e até está passando.

A dor da alma não passa, basta ter um estimulo e ela volta com toda sua plenitude, o que ocorre é que nos acostumamos com ela. Somos responsáveis pela nossa dor, somente buscando seus verdadeiros motivos é que vamos acomodar em algum cantinho do nosso SER.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 26/11/2011
Reeditado em 17/01/2012
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