ACEITAÇÃO
Deixaste este pranto constante,
Preso num canto
Ignorado do meu olhar.
E eu fiquei parado, sob a chuva,
Vendo meu espírito lutando
Contra as ondas raivosas do mar.
O mar que levou embora
A dor que fazia
Com que me lembrasse de ti;
Deixando em meu peito
A dor do mundo vazio,
Que, agora, impede-me de sorrir.
E, agora, vejo-me caminhando mar adentro;
Buscando algo
Que não sei onde encontrar.
Vejo-me caminhando contra as ondas,
Atrás das lágrimas
Que fogem do meu olhar.
Tu deixaste tantos sonhos.
Tantos desejos
Numa só palavra.
E agora caminho mar à dentro...
De todos os sonhos que me deste
Não sobrou mais nada!