Os gosseiros portões rangem
De resto reina um silêncio profundo
Tentava lembrar meus heroismos
Mas nada me dizia a verdade
Sobravan apenas casusmos...
Vejo o vidro sobre uma estante de cedro
O conta-gotas sobressaía...
Sua parte superior era de cor vermelha
Eu sentada num modesto banco , humilde...
Entregue aos meus conflituos pensamentos.
Chega quem eu esperav
lhou-me com desdém e saiu com
Toc, toc, toc do sapato mal engraxado
Levanto e pindg a primeira gota na língua
hmmm ... sabor com gosto de lichia
Saboreei com prazer luxurioso...
A segunda gota , mais densa e não tão açucarada
Algo escorreu nos meus lábios
Sorvi-o com gulodice ,, apressada...
Lambi os "beiços de uma só vez...." com avidez...
O sabor, entretanto ,havia piorado...
Denso ... amargo ... viscoso , ruim...
Nos meus lábios rosados uma crosta se formou....
Tentei engolí-la , mas não consegui , uma leve tontura... e...
caí ...
No canto da sala um velho cantil ,
Quis apanhá-lo , mas já era tarde....
Hoje, o espectro caminha ... vagamente .,.. descabelado
Num velho cemitério ,,. abandonado.
Ka-Lena ., nov de 2011.