Desengano
Uma tontura invade minha mente
Gastei minha saliva e meu latim
Com mil discussões infindáveis
Só para defender a minha honra
E assim pedindo apoio dos meus
Perdi meu último viço de dignidade
Rente ao chão, onde me declino
Sou o reflexo do fracasso
Olho no espelho e vejo a fraqueza
De uma pobre criatura denegrida
Tida como traiçoeira e má
Por aqueles que deveriam defende-la
Que mistérios envolvem a psique humana
Que pactos, que laços, que alianças
De palavras que ferem por querer
Que usam de todas as artimanhas
Passam por cima do mais inocente ser
Humilham, agridem, difamam
Sagram e inutilizam qualquer alma
E no final lançam risos malevolentes
Como espasmos de insanidade
Ditados pela moeda de troca
Que desvaloriza o caráter humano
E demonstra quem está no poder