DESALENTO

"Eu faço versos

como quem chora

de desalento,

de desencanto"

(Manuel Bandeira)

O meu ser grita na poesia

Na fria noite de demência;

E quão intensa é a agonia

Na turva noite sem clemência!

Oh! ansiedade, desalento!...

Ai! essa dor me asfixia!...

Oh! tudo em mim é tão intenso!...

Tudo é inverso ao que eu queria!...

Tenho vontade de morrer!

Tão fatigada e abatida

Eu não tenciono mais viver

Nessa existência descabida!

Eu tenho alento nos meus versos,

entremeados na poesia...

Versos sutis,porém funestos,

São secretados d'alma fria!

angelk
Enviado por angelk em 20/11/2011
Reeditado em 16/07/2015
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