Tocar o sonho...
Se eu pudesse tocar o sonho,
bem provável que nem assim
eu pudesse vivê-lo...
Quando a realidade
torna-se dura demais,
sufoca as esperanças
de mudar e sonhar!
Imagino mesmo
que as emoções
não se adéquem
ao contexto do real...
Queria que o sorriso de ontem,
iluminasse,
irradiando energia e alegria.
Queria que a lágrima
tivesse se transformado
em uma forte esperança...
Mas ela mostrou
o ponto final de uma história
que nem começou...
Ela constatou consciência
nas responsabilidades
do nosso contexto existencial!
Bloqueando as estradas,
me limitou
e me mostrou a única saída..
E, ainda com o coração relutante e revoltado,
eu saí,
sentindo no peito uma pesada sensação de amargura.
Rio Claro, 1994.