NÃO HÁ MAGOS P’RA BELÉM

Uma voz profunda, penetrante,

Numa noite de trevas me assaltou

Em sonho de cariz apavorante,

De terror insidioso e assim falou:

“Já não há estrelas no Céu

Nem há magos p’ra Belém

Há um negro e denso véu

Que se olha com desdém”.

É o mundo enfermo, agonizante,

Enlodado pelo monstro que criou

Desemprego… e a fome causticante

Miséria que “ algum poder” aceitou.

Protestos estridentes se levantam

Também vozes maviosas em coral

É desespero dos que ainda se agigantam

São crianças a pedir um Bom Natal.

E no dia de tão grande esplendor

Que a paz enche o nosso coração

Demos fora ao tal monstro agressor

Enxotemo-lo deste mundo de aflição.

Pela fé, pela esperança que nos guia

Irmanados devemos dar as mãos

Não ficar por retórica de nostalgia

Ajudando com amor e elevação.

J D Lima Oliveira
Enviado por J D Lima Oliveira em 13/11/2011
Código do texto: T3333426
Classificação de conteúdo: seguro