Monólogo da mente em falso conflito
Em pleno leito ocioso
Onde não existe vida
Apenas uma casca vazia
No campo da concentração
Da mediunidade porca e inventada
A busca pela bela palavra
À pessoa amada
Alma tortuosa e mal vivida
És mesmo dona da minha vida?
Energia fantástica e criada
Tu existes?
Fluxo em meu corpo, apenas o sangüíneo!
Energia corporal, apenas a doce matéria!
Amor, apenas platônico!
Ceticismo em imagem
Surreal morbidez em palavras!
Hipócrita submissão inocente
A valores sociais em degeneração!
Adeus, santa inocência!
Os ferimentos já cicatrizaram
Mas a lâmina do amor platônico
Aponta para esse medíocre
Gélido coração.
A mente em torpeza imensa!
Esperteza negligenciada
Por pensamentos longínquos
Inteligência abafada pela neblina da reflexão!
Externamente, virtuais conflitos ideológicos
Internamente, a chama do amor
aos poucos se apagando
Aquele doce anjo por mim amado
Agora mais frio
Agora mais alegre
Confortou meu coração no conformismo
Amor, ideologia e torpeza!
Conflitos utópicos, inventados
Típico de um alguém sem forças
Sem coragem
Típico da mente em falso conflito
(Julho de 2005)