O eterno errante de caminhos, o poeta
Cada palavra tem um peso
E coitado do poeta
Que tenta saber milimetricamente
Os diversos pesos e medidas
Ele experimenta nas noites escuras
O sabor da cada uma
E imagina sonhando
O que os olhos que lêem
Vão sentir naquela vírgula
O que cada coração pode imaginar
Com te amo e amo-te
Para o leitor chegar
Colocar um peso diferente
Sentir um arrepio não calculado
Morrer de amores em uma risada
E se sentir próximo do poeta
Com as mesmas dores
Quando na verdade
Mais uma vez ele abandona o poeta
Um caminhante de caminhos perdidos
Que só tem consolo na máxima
O mundo vive de amores, sexo e perdas
Enquanto eu vivo de coisas
Que ainda não tem nome
E duvido,
Que um dia terão