O eterno errante de caminhos, o poeta

Cada palavra tem um peso

E coitado do poeta

Que tenta saber milimetricamente

Os diversos pesos e medidas

Ele experimenta nas noites escuras

O sabor da cada uma

E imagina sonhando

O que os olhos que lêem

Vão sentir naquela vírgula

O que cada coração pode imaginar

Com te amo e amo-te

Para o leitor chegar

Colocar um peso diferente

Sentir um arrepio não calculado

Morrer de amores em uma risada

E se sentir próximo do poeta

Com as mesmas dores

Quando na verdade

Mais uma vez ele abandona o poeta

Um caminhante de caminhos perdidos

Que só tem consolo na máxima

O mundo vive de amores, sexo e perdas

Enquanto eu vivo de coisas

Que ainda não tem nome

E duvido,

Que um dia terão

HeL
Enviado por HeL em 07/11/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3322758
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