VIDA!
VIDA!
VIDA!
Nasci numa paupérrima palhoça
Onde passei a infancia e a juventude;
Ferindo meu corpo no labutar da roça,
Queimado pelo Sol, na luta rude!
Dupla orfandade me acolheu.
E pude ver meu destino com zomba,
Em plenitude!
Todo mistério de minha vida esboçada!
Cresci,lutei,sem privilégio,
da carta que ganha-se no colégio,
e que ilumina ao homem seu fadário.
Da palhoça passei para os salões
Onde nasçeram novas ilusões
E chegaram sucumbir o coração
Desta humilde palhaça-pessoa!