APENAS UM DIA DE ROTINA

DE SENTAR NA PORTA

OLHANDO A RUA

SEM CONFORTO

RETORCE O CORPO

E SEGUE-SE ALÍ

OBSERVANDO SEM PRAZER

NADA IMPORTANTE PARA FAZER

COM ISSO BUSCA-SE ENTRETENDIMENTO

A TV SEM CABO NEM TENTE

POUCA GENTE AGUENTA

AO CAIR O ENTARDECER

E SEGUE-SE

DA FRENTE DO LAR SE VER

OS CARROS

OS CAVALOS

AS CARROÇAS

MILHARES DE MOTOS

AS PESSOAS PASSAM

COM PRESSA

COM FRIEZA

TRAZENDO A CERTEZA

DE UMA ROTINA ÁRDUA

DE UMA CIDADE EM CRESCIMENTO

AINDA NEM BEM DESENVOLVEU A CIDADE

E AS PESSOAS JÁ SE TORNAM SUPERFICIAIS

ASSIM SEGUE A MULTIDÃO

COM SEMBLANTE SÉRIO

E DOENTES DE EMOÇÃO

AQUI MUITOS AINDA SENTAM NA PORTA

ASSISTINDO TUDO SEM SENTIDO

OLHANDO O VENTO

OLHANDO OTEMPO

QUE NÃO VOLTARÁ

A MIM GERA FADIGA

FAMINTA

POR CONSEGUIR UM COMPROMISSO

AFLORANDO A INQUIETUDE

POR QUERER IR MAIS ALÉM

DO SIMPLES SENTAR NA RUA

"NA PORTA DA RUA"

AO FIM DE MAIS UMA TARDE

VAZIA

DE TRABALHO

DE ESTUDO

DE COMPANHIA

SENHORA MARTINS DIAS
Enviado por SENHORA MARTINS DIAS em 27/10/2011
Reeditado em 27/10/2011
Código do texto: T3301433
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