versos para a rosa purpura

Nas noites escuras do mundo

Tu, rosa púrpura, és regada ao desconsolo,

Brotas no asfalto molhado pela neblina da noite.

Quem dera eu pudesse colher-te das encruzilhadas,

Das vielas escuras e escarnecidas,

Curar-te as feridas com a minha poesia humilde,

Vislumbrar tua beleza tão cheia de pejo.

Queria eu somente experimentar desse néctar

Quem escorre compassado de teus lábios,

E assim reencontrar-me em mim mesmo,

Como quem nunca soube ao certo quem foi um dia.

Quem dera, tu não jogasses essa tua pureza fora,

Nos braços qualquer dos sonhos passageiros e noturnos.

Escuta agora este mar que bravio clama em meu nome,

Sente este vento que agora de certo toca teu rosto,

Esforça-te para ao menos uma vez ler as linhas que a vida escreve,

E eu sei que em algum momento, irás perceber quão grande e sincero é este meu amor,

Capaz de contentar-se apenas com teu olhar indiferente

E teu sorriso quase sem força.

Felipe de Oliveira Ramos
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 20/10/2011
Código do texto: T3288167
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