EM MINHAS NOITES, A INSONIA
Tantas foram as lágrimas que tive
Em que a outrora certeza de sua companhia
Fez-se desilusão mera, vazio total
E, então, foi embora a minha ilusão
As noites de solidão
São as mais longas
E até o luar fica macabramente ainda mais
Diamantes da meia noite sobre meu paraíso em ruínas
O sol logo surge, soberano
E também a brisa da saudade que me abraça
Decido percorrer minhas estrelas em outra direção
Mas essas noites de solidão são as mais crueis: sobreviverei.
Desfazendo-me de toda minha rendição
Sem perder mais tempo
Abdicando de sonhos fracassados
Ignorando toda sua sedução
Retomando minha jornada
Deixando tudo para trás
Deixar o vento me guiar, até meu conforto
E um dia, a trancos e barrancos, tudo vou esquecer. Renascerei