HOJE MORRO-ME

EM ALGUM LUGAR

TOCA UM SINO

TALVEZ EM LEMBRANÇA

DE MINHA TRISTE HISTÓRIA.

TOCA TRÊMULO COMO A CHORAR...

(SE CHORAR FOSSE SINO

QUANTOS REPIQUES

AO MUNDO BRADARIAM?)

OUÇO-O AO LONGE

MAS, PERTO O SOM MELANCÓLICO

COMO A ME DIZER

VAI-TE AOS POUCOS ... AOS POUCOS...

SEI DOS SILÊNCIOS,

DAS NEGRURAS DE NOITES

EM TEMPESTADES DE ALMA,

DAS VELAS ACESAS SOMBRIAS.

NÃO ME ACHO VALENTE

UM SER COVARDE, TALVEZ DIRIAM.

NO ENTANTO FUI COM CORAGEM

AO MUNDO QUE ME VIU NASCER

DEI-ME NAS ESTRADAS DA VIDA

TENTEI-ME FLORIR EM GIRASSÓIS E MARGARIDAS

E SÓ NASCERAM MARIAS-SEM-VERGONHAS

AS QUE MAIS AMEI...

AGORA, NO SILÊNCIO DE ALMA

CALO-ME TRISTE E DEIXO,

AOS POUCOS QUE PASSAM,

OS MEUS PASSOS CANSADOS.

(NÃO QUERO MAIS SONHAR

ESSES SONHOS QUE ME ACORDAM!)

UM LAÇO A BEIRA DO CAMINHO

MARCA MINHA TRAJETÓRIA:

AQUI EIS UM POETA

QUE NUNCA SOUBE O QUE ERA AMAR.

(*negra noite-19/10/2011- 00:35h-00:44h)

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Milena Medeiros
Enviado por Milena Medeiros em 19/10/2011
Reeditado em 19/10/2011
Código do texto: T3285148
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