ACABOU

UM PICA PAU PRESO NA CABEÇA

E UM TOURO TRANCADO NO CORAÇÃO,

AMBOS QUERENDO FUGIR,

DOS FANTASMAS MAIS UMA VEZ.

DOS LADRÕES OCULTOS NAS VIELAS,

LEMBRANÇAS QUE AGUARDAM

O MOMENTO DE FURTAR DE VEZ O POUCO DE RAZÃO QUE AINDA RESTA.

DE ENLOUQUECER MESMO QUE POR UM SEGUNDO,

COM A IMAGEM DO SORRISO,

NOS LÁBIOS QUE NUNCA INJETARAM O SEDATIVO VERBAL

QUE CERTOS MOMENTOS EXIGIAM.

COM OS OLHOS DE OCEANO

QUE NUNCA RETRIBUÍRAM OU SEQUER ENXERGARAM

O SENTIMENTO QUE DESPERTAVAM NOS MEUS.

COMO A UMA CRIANÇA MIMADA,

BASTA IGNORAR O ESPINHO.

POIS TANTO O CHORO QUANTO A HEMORRAGIA PARAM,

E O BICHO PAPÃO SE TORNA UMA BOLA DE POEIRA

PERDIDA DEBAIXO DA CAMA.

GOSTAR, QUERER, PENSAR QUE TEM, SOFRER...

JÁ ESTÁ FICANDO MONÓTONO.

HÁ DORES QUE NÃO DOEM MAIS,

APÓS A MESMA QUEDA,

MAIS UMA VEZ OS MESMOS FERIMENTOS.

A MESMA REDUNDÂNCIA, DE NOVO?

DESCULPE, NOVAMENTE NÃO!

16/10/2011