Humano

O hálito hipócrita zefirou-se ás narinas.

A mentira pela saliva

Transmitiam a arte,

A expressão de palmar ocioso,

As mãos, o cheiro, o gosto

Já não mesmo os eram...

Os olhos mentiam, e,

a esmos, o corpo despia-se na troca,

no tempo,

E na ousadia de iludibriar a lexis,

com a praxis do próprio gracejo.

Mentiras, simples mentiras.

Semióticas ilusões forjadas á fogo,

Da crença da posse absoluta do conhecer,

Á ferro feria,

Enquanto o afélio, a néscio, negava a alma,

Sobre a relva,

Sobre o espanto das serpentes da traição,

Da grande arte do engano,

Do abandono, da maldição do que é ser verdadeiro

Abrolham as dúvidas, á distancia e o nojo...

Brahans Shitcovisch
Enviado por Brahans Shitcovisch em 12/10/2011
Reeditado em 19/03/2013
Código do texto: T3272854
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