Inocência Perdida

Inocência Perdida

Perdi minha inocência.

Acreditava que todos seriam iguais e que o universo seria para todos.

Me dói ver as mentiras e ter que calar.

Perdi minha inocência.

Os valores já não são os mesmos.

Por mais que contenha o grito, é melhor calar.

Quero de volta minha inocência.

De correr pelas calçadas, tomar banho na chuva.

Andar sob poças d’ água.

Brincar de comadre, de esconde- esconde.

A fantasia do primeiro beijo.

As advinhas nas festas juninas, para descobrir o primeiro amor.

O beijo inocente.

A dança lenta, de corpo colado.

O choro de paixão, o amor platônico.

Quero de volta minha inocência.

Virei gente grande.

Enxergo nuvens negras.

Pessoas dispostas a tudo .

Comparações, disputas.

Quero de volta minha inocência.

Onde, apenas, competia o beijo do menino mais bonito.

Lembranças das ruas largas, cadeiras nas calçadas, histórias sem fim.

Quero de volta minha inocência

Para chorar, apenas, de paixão, de alegria.

Hoje, roubam nossa alma, anulam nossos sonhos.

Quero de volta minha inocência

Para enxergar, com olhos de criança,

A beleza e encanto no olhar do meu Irmão.

Wilma Nóbrega
Enviado por Wilma Nóbrega em 12/10/2011
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T3272261
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