NINGUÉM, COMO TU

Ninguém, como tu, mexeu tanto com o meu coração,

ninguém invadiu, tanto assim os pensamentos meus,

chegaste numa noite no instante em que eu já ia embora,

quando de ti já se lia as despedidas por ser altas horas,

entregastes por derradeiros, só para mim, os versos seus!...

Ninguém, como tu, foste tão esperada nas horas seguintes,

deixaste comigo ao partir, o desespero por companhia,

e desapareceste entre letras, sonhos e promessas,

fui tão longe, desfilei por estradas, serras e mata espessas,

para tão somente dar vida ao meu amor fantasia!...

Ninguém, como tu, levou adiante por tanto tempo,

uma paixão de delirio intenso e incessante,

ninguém como tu preencheu tanto a minha vida,

e num instante me tirou tudo como que arrependida,

deixando destruida minha alma, agora errante!...

Erra minha alma agora à tua procura nas noites e nos dias,

me abandonando morto enquanto tu te esconde,

te vejo em outros ares a se esquivar do passado,

querendo esquecer o que julga ter feito errado,

mas, ninguém melhor que tu, sabes porque não me responde!...

E assim, quando o arrependimento cobrir sua cabeça,

e as ondas do tempo sufocar o amor que eu te dei,

ouvirás bem mais altos que os som borbulhante,

da minha alma o soluçar mais que plangente,

e ninguém, como tu, saberá o quanto te amei!...