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Doce estranhamento
Este que perturba o ventre
E atordoa as palavras
Vasto alheamento
É como o alimento
Ao ávido olhar da fome...
É o desalento das carpideiras,
As verdadeiras alegorias
Dum cerimonial...
Doce descabimento
Nas lambidas do vento morno
Da beira do quieto rio...
Como o cio
Que me causa o beijo
Dos teus olhos...
Pois nascem asas
Neste centro casto
De incautos pensamentos...
E estranhamente doce
Me faço imprudente
Indecente de desejos
Por teu ardor...
E sou a dor de amar
Sem podê-lo...
Sem contê-lo todo em mim.