Você e eu
Minha vida nunca foi doce
Além de dura como cocada
Entretanto numa noite
Cruzaste minha estrada
Cidadezinha de interior
Eu passando na tua rua
Um “boa noite” você falou
E sua mãe deu-te censura
Esse destino apronta!
O tempo passou rápido
Quando me dei contas
Estava em teus braços
Nossa estrada tinha flores
E também muitos espinhos
Mas eu não tinha temores
Os suavizavam teus carinhos
Juramos diante do altar
Mas foi coisa de momento
E acabamos por falhar
No nosso juramento
Você me satisfazia
Mas eu era inconstante
Você com fantasias
Também era farsante
Fidelidade não era teu forte
Mas grande fraqueza
Deixaste teu consorte
Por alguém sem beleza
Pode ser meus olhos
Ou por eu ser homem
Mas ele além de pobre
Era como lobisomem
Isto muito me magoou:
Davas-te a ele e a mim
Por que corno eu estou?
Resolvi ficar só, enfim
E assim, depois de tudo
Dei-te o libelo, o divórcio
Ele não foi tão sortudo
E deu-te com o pé no troço.