Um nó
No amor
deram
Um nó sem dó.
E o desatar do nó
Fez-se em desatado pó.
E o vento, sopro da vida,
Deu fim ao que já era cinza.
De um jogo humano sem regras,
Voraz paixão sem rédeas,
Cavalo selvagem que fenece
Nos braços das águas, natureza mais selvagem.
E, só, o amor, dó pó, do nó sem dó,
Deu em si seu próprio fim,
Acabou, feneceu, deu o que tinha que dar.
Agreste frio, coração sombrio, um morto rim,
Parou de funcionar.