Noite Fria em Niflheim

Fria Noite era, a parada da nau metálica

O leve rumor mecânico, desabafo em vapores,

Escudos contra o desenvolvimento – conforme

[foi-me dito em clamores

O céu escuro ressaltava o neon da praça

[monocromática: um rosa eroticamente vítreo

Sensualidade plástica circundando os corpos flácidos Que

Se entretocavam absortos, rangendo, a ferver o suor

Ácido

O asfalto, rachado pelo delta de K, trazia tona as brocas rotas

Perfurantes de galerias subterrâneas. O odor ocre, aleijado, mutante

[Polissêmico, emergia incólume, relembrando da podridão por sobre

[a qual se ergueu todo o poderio propagado num outdoor ressentido

Para purgar, propiciar a purificação, possibilitava-se o prado do pavor de Niflheim

Naquela noite fria que era

O rio ininteligível, que afluía entre as vergonhas

Desmistificava a busca por razão, a causa

Artifícios dos homens fracos para justificar seu curso de ação