Fuga da Realidade
O tempo que ganho ou que perco…
A relatividade das experiências
Do olhar, do toque, abraço, e o ultimo gole…
Aquele em que a intensidade se perde em detrimento da vontade
Esta que guiará o que sucederá, onde possivelmente
Fará de mentiras, verdades
Acometidas de um brilho antes ocultado pela luz da consciência
E tudo faz-se pleno e insaciavelmente ludibriante
Ao ponto de intensificar os sentimentos e torpar os sentidos
E da momentânea e ilusória sensação de felicidade
Advém o posterior buraco negro da ressaca moral
Que imortaliza os deslizes e atos fatalmente falhos
E não tardando é provável que
Trará a tona e ao retorno da consiência
O peso, da realidade desprezada e inebriada
Busca incessante pela transcendência e fuga das amarras
Do viver, o ser e além de tudo, o não ter.