Desiludida...



E eu que achava que já havia sofrido!
Não poderia imaginar ter meu eu todo espanado e varrido!
Uma dor lancinante maior que um grito,
Tua performance delineada, frisada em negrito!

E eu que te adorava como minha irmã...
Fizeste crime hediondo tal qual o crime da maçã...
De um lado beijava-me a face,
E do outro se encobria com teu disfarce...

Estou aqui em total confusão,
Como crer ser logo você o pivô de tamanha desilusão?
Literalmente comeu, se fartou e vomitou no prato!
Como pude acolher em meu lar teu ser tão ingrato?

Sinto-me usada e portanto ultrajada,
Tentas ainda usurpa-me dizendo-se desarvorada...
Sou a menina do meu pai, uma menina de trança...
Que Deus permitiu aos 43 ser ainda criança...

Leve contigo o status que eu ocupava,
Leve também a mordomia que te encatava,
Pretendo manter comigo apenas quem me gosta de verdade,
Do que me ver em tuas teias de falsa lealdade.

Acredito que um dia irei fazer falta em sua vida,
Porque de fato, te amava e era para mim irmã querida...
Estou aqui, plenamente, desiludida...
Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 21/09/2011
Código do texto: T3233389
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