De César Augustus a outubro

Há manhãs de agosto, que afrontam o inverno,

ares primaveris, e cantos de nidificantes;

E tardes de outubro que voltam a “César”

cujas cinzas espalham, sonhos de antes

Ao câmbio do tempo e circunstâncias,

a liça de viver, pesado trabalho;

A natureza que pulsava dentro da noite,

ora canta e pula, de galho em galho.

Quase sádico que esse outubro revele,

prematuro fim, de ditoso começo;

Um pulso que fora sangue e pele,

agora, penas e apreço.

Cronos, maestro, e sua batuta,

ante uma partitura tocada em dó;

a sina de um livre como só um homem,

preso, como um homem só…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 21/09/2011
Código do texto: T3232322
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