De César Augustus a outubro
Há manhãs de agosto, que afrontam o inverno,
ares primaveris, e cantos de nidificantes;
E tardes de outubro que voltam a “César”
cujas cinzas espalham, sonhos de antes
Ao câmbio do tempo e circunstâncias,
a liça de viver, pesado trabalho;
A natureza que pulsava dentro da noite,
ora canta e pula, de galho em galho.
Quase sádico que esse outubro revele,
prematuro fim, de ditoso começo;
Um pulso que fora sangue e pele,
agora, penas e apreço.
Cronos, maestro, e sua batuta,
ante uma partitura tocada em dó;
a sina de um livre como só um homem,
preso, como um homem só…