Tempestade solar
Fulge um sol na bandeira da Argentina,
o real dorme, por trás da cortina;
já que ora, só temos aquele,
que tremule e brilhe, ele…
Figura é simulacro, graça da luz,
sem a qual, não ostenta nada;
vãs as relíquias do relicário,
se o escuro sonega a graça pintada.
Mas pode, o teto clarear novamente,
nele, Hélio, luzir de repente;
vivam aí, as figuras, aumentem mais
além daquele, brilhe o sol do Uruguai.
Sem ele, digo, ela, meu dia é noite,
como se não amanhacesse,
solidão domadora estala o açoite,
sonegando a luz de meu interesse.
Estrela de quinta grandeza?
De quinta essa conclusão senil.
Apenas estrela, de rara beleza,
a ser bordada, na bandeira do Brasil…