Despedida.

Tudo tem o seu momento apropriado.

Desde a hora em que se está cansado

e olhamos as ondas frias de inverno com enfado,

até a hora de se construir outras auroras com o espírito renovado.

Temos inclusive a hora para a fuga.

Quando a chuva que cai e não permite a ninguém perceber as lágrimas que não se enxuga

Sim,falo sobre coisas que você jamais saberá,

o término de minha felicidade louca que próxima do tempo de acabar,

ainda agoniza com as tuas delicadezas

que passam a construir cristais duros sobre frágeis certezas,

onde o inverno imaturo que me persegue desde as cidades do Sul,

cura as minhas pobrezas acalentadas debaixo desse céu azul,

com letras extraviadas canto as minhas feridas,

com as cordas da minha guitarra rompidas

e as flores esmagadas que nunca ouvi pronunciadas por tua boca,

enquanto a cascata de nossos enganos caí com uma avidez louca.

Aonde a luz azul acesa em suas mãos?

Agora que entrego o meu cansaço desse longo dia,

há um silêncio insuportável,mais alto que um trovão,

numa sintonia incansável

dessa tempestade cúmplice da noite súplice,

o desespero me ensinando os equívocos da minha versão...

BARTHES
Enviado por BARTHES em 16/09/2011
Código do texto: T3222432
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