Plantei uma flor no jardim da desilusão.
Plantei uma flor no jardim da desilusão.
Plantei uma flor num local onde perdi meu coração.
Coração que despedaçado pelas injustiças caminha sozinho, sem rumo, sem estrada.
Porque eu plantei uma flor no jardim da desilusão: no mesmo lugar onde eu perdi meu coração.
Alma moribunda agora chora sem rumo, sem lugar, sem caminho, sem estrada.
Então, eu plantei uma flor no jardim da desilusão, tentando achar meu coração, que se perdeu no imenso mar de discriminação.
Como acreditar em alguém que sorri para ti e por trás está te esfaqueando e te traindo?
Oh, coração partido e ressentido, eu plantei para ti uma flor no jardim da desilusão!
Tentei encontrar carinho, mais só encontrei solidão.
No vazio de ruas escuras, não te acho, não te encontro: eu não me acho e não me encontro.
Consolo para minha alma não há.
E eu sou essa planta murcha que eu plantei no jardim: o jardim da desilusão.
E eu sou alguém perdido nas téias funestas da solidão.
Ninguém alcança meu coração.
E nem eu mesmo sei onde foi parar meu coração.
Estará ele em uma canção triste e melancólica?
Estará ele num sorriso?
Estará meu coração nos sonhos lindos que perdi?
Por Deus, onde está meu coração?
Eu plantei para ele uma flor: uma flor no jardim de minha desilusão.
Mas, a flor por falta de amor murchou e pouco ou nada de minha alegria restou.
E agora?
Agora eu sou pouco mais que desilusão: eu sou apenas e somente solidão.