SOU TRISTE E REJEITADA...MAS MEUS FILHOS ME ADORAM !
Rola o soja, rola o milho...
...o pombo a beliscar.
Navios apitando longe...
Minhas riquezas veêm buscar.
Entra o ouro...vai a prata,
A galheta que não desata...
Surrando aos meus ouvidos...
o desgosto me retrata.
Sulcando em minhas ruas...
De abandono politiqueira.
Sobrando meus filhos fartos...
Só o trabalho à sonhadeira !
Como puta bela e amparada...
Sugam meus seios fartos.
Sobe a serra o meu tesouro...
Desta terra bela e farta.
Se pensas que não me afliges....
Do tão pouco que me deixas...
Sou Paranaguá a querida !
Desejada mas tenho queixas.
Cadê a porção do que é meu ?
Dos tesouro carregados...
Óh autarquia maldita !
Por Deus estás condenada...
...o governador corrompido...
Não há vergonha nessa gente ?
Como velha me apresento...
Tranqueiras é o que me dão...
Tantas belezas de céu e de sonhos...
Tuas amantes deram fim.
Sou a sujeira da politica...
É só o que sobrou pra mim.
A enjeitada que só produz.
Sou a feia que só da lucro...
Prostituída...e roubada.
Eu sou a Paranaguá !
Eu alimento essa gente...
Minhas ruas....os meus buracos....
Atestam tú...óh indecente !
As praias que me roubaram.
O abandono à poeira....
Meus ratos que tantos são,
politicos e literais.
A Europa que me detesta...
Que sente nojo de mim....
Carrega de mim a ração...
Mas...o que me dá a nação ?
Sou roubada pela autarquia...
Minha riqueza vai embora....
Sou triste e rejeitada....
Mas meus filhos...esses me adoram.