O mar e a saudade

Vivê-la é deixá-la ir,

para um dia (saudade) voltar.

Ri-se de mim, do passando impudico

à nau errante, pervagando pelo mar do esquecimento

- que as ondas levem o hoje –

ou simples correr do ponteiro de metal,

mais concreto que sonhos e sofrimentos.

A alma resvala em solidão e tormento

cerrado em um corpo. O que é a alma senão desejo e carne?

Festa e teatro e dança e drama.

Sobeja-me, antes do gemido, adeus e saudade.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 13/09/2011
Código do texto: T3217853
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