ODE AO AMOR


Óh tu que habitas no âmago do meu ser,
És  branco e te transformas em rubro com voragem.
Acenda em mim uma centelha de coragem...
Pois que tudo se fez vazio em meu viver.

Já nem sei onde me esconder...
Pois que tu me persegues com teu laço,
E me apanhas qual serpente num abraço,
E depois condena-me ao sofrer.

Me encantas...me enfeitiças;
De todas maneiras me atiças,
Me levas a sonhos desvairados...
Numa leve magia de raios dourados.

Óh tu por quem pássaros gorjeiam no galho florido
Enquanto as águas serpenteiam,
Num  acalanto sem alarido...
Banhando samambaias que ao rio margeiam.

Por que me falas com doce mel..
Reviras meus sentidos , deles me deixas despida...
Se depois te vestes de despedida,
Deixando como lembrança o amargo fel.

Sim...acho que nada fiz pra te merecer,
Pra ter-te na plenitude a me envolver,
Então me ajude a esquecer,
Pois que  já cansei de por ti sofrer.

Oh amor não queria ser triste,
hospedando-te no canto do meu peito
Más licença não pediste...
Então , sofre coração...não tem jeito.








imagem/Google
Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 12/09/2011
Reeditado em 07/03/2012
Código do texto: T3215332
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