Passado, tragédia e solidão

A lágrima não me cabe, os olhos estão cansados.

O passado sussurra (arrepio) a cada instante,

no início era brisa, no final tempestade

arrebatou as almas, espoliou desejos, estimas e sonhos.

Ao passado esquecimento, sob à sombra do arbítrio do futuro, da morte ou da solidão.

A embriaguez não supre os pertences perdidos ou deixados sem razão

ou em razão da ultra-subjetivação do espírito: demasiado amor.

Tornei-me riso e magoa. Amigos me deixam.

Resta-me tragédia e um coração aberto a mudança e ao perdão.

Resta-me morte e solidão. A solidão grita!

O sentimento é além-palavra.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 11/09/2011
Código do texto: T3213613
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