FERA DOMADA

Seguidora do que chamas de amor.

Sou o próprio amor, colhido dos sonhos.

Das estrelas; da natureza; do real.

Empreiteira nas faxinas contra o mal.

Garimpeira, vi paixões e vi amantes.

Vi migalhas desmedidas, mais que antes.

Conheci novos atalhos, que não tinham valor.

Vi esperança canalha, fazer-se de louvor.

Até já fui guerreira, na modéstia da arte.

Conheci a Inquisição, que enganou Joana d'Arque.

Pensei domar um lobo, que já era adestrado.

Um doador de rosas, com dentes afiados.

Fiz-me fera domada e senti o calor.

Fugi tão machucada, para curar a dor.

Hoje abraço os sonhos, onde escondo as feridas.

E ofereço a saudade, para brindar a vida!.

Cler Ruwer
Enviado por Cler Ruwer em 04/09/2011
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