MERO RASCUNHO
Eras rascunho.
Palavras esparsas,
olhares roubados,
mãos suadas,
coração descompassado,
atordoado...
Virastes livro pronto,
por mim idealizado,
emoldurado,
com o papel de mocinha
e bandido já programado.
Eras rascunho e virastes
conto de fadas  
para não seres jogado.
Fostes timbrado
pelas minhas digitais.
Hoje moras nas vitrines,
nas cabeceiras
causando gemidos e suspiros.
Mal sabem elas,
que fostes Príncipe de papel,
que tomou forma de fantasia unicamente para enfeitar minha vida
já desfalecida...

Railda
Enviado por Railda em 15/08/2011
Reeditado em 15/10/2013
Código do texto: T3161312
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