FOGUEIRA DE POESIAS

Escolherias...
A mulher fenomenal, escultural, aquela magérrima...
Com a fita métrica na mão ao invés da trêmula caneta.
Escolherias a que desse nascimento a filhos legítimos,
ao invés daquela mulher comprometida com a poesia.

Escolherias...
Aquela com quem você pudesse andar de mãos dadas
mesmo querendo a alma livre, sem nenhum compromisso.
Não aquela que só oferece palavras de duplo sentido, a
que se desdobra ao máximo para não ligar todos os dias.

Escolherias...
Aquela que faz a cama logo depois do amor recém concluído,
jamais aquela que rouba momentos no lençol desarrumado.
Escolherias vegetar dias sem aventuras nos braços dela,
do que nos que te "amaram" como se fosse o último momento.

Escolhestes...
Faço fogueira de poesias de todo o ardor que sobrou.
E o mais engraçado é que pensam que você não existiu...
Que faço poesias a esmo, inspirada nos romances cor de rosa,
aqueles que lemos só para sonhar com o Príncipe Encantado. Aquele que cresci acreditando existir.

Railda
Enviado por Railda em 15/08/2011
Reeditado em 15/10/2013
Código do texto: T3160914
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