Meu mundo, Meu vício, Meu Eu desperdício
Quando os meus olhos não puderem ver,
O cheiro de bebida vai me entorpecer.
Mergulhando em fumaça pura invenção,
Tudo que eu fiz parou na minha mão.
Seco e indolor como seu prazer,
Tudo que não fiz foi só para te foder.
E a energia rola solta pela minha mente
Durante um percurso bastante indecente,
Demente, alucinado pelo gosto matei gente inocente.
Pai, mãe, irmão, tudo passou como acabou
Perante a rápida alucinação do meu conforto.
Sorrisos adornados com pó de flor,
Manchados com suor e dor, sem culpa,
Sem sentido ou quem sabe renúncia.
Só sei o amanhã porque o conheço hoje,
Como ontem também, foram quatorze.
Foram juras, promessas ditas e escritas,
Desconfiáveis, mas imensamente amáveis.
Carente de motivos simbólicos,
Nem tampouco diabólicos, porém lotados
De sentimentos sórdidos.