SENTIMENTALOIDE
Ontem – ora esta! –,
o que não é do meu jeito,
fui fazer a sesta.
Praticara a gula,
modo de ser sem feitio,
peça muito chula.
E, surpresa minha,
não tirei pestana alguma,
mesmo de morrinha.
Chatice maior?
De nariz no travesseiro,
chorei, na pior.
Sem explicação:
um poeta apalermado,
meio à solidão.
Sentimentaloide,
amante do amor empírico,
feito um antropoide.
Prantear o quê,
se nunca tu me estás onde
– és meu fuzuê?
Fort., 14/08/2011.