A Resignada Rosa

Os ventos de outono

Varrem as pétalas para longe

São partículas do meu corpo sem paradeiro;

Então quase nua

As tuas mãos me aguçam para um acalento

Repousa meu caule violentado;

Sangra na carne viva

As dores dos espinhos da saudade

Leva-me para longe o vento sem destino;

O manto da natureza é subversivo

Logo vem a primavera e me cobres

Outra armadilha da beleza que me fere;

Chora o orvalho a solidão

Mata-me a sede na semente

E ludibria a minha resignação;

Quando encontrar-me encolhida

Não chores pela morte repentina

Outras lhe trarão tristezas e alegrias;

Porque são assim as primaveras

Porque é assim a vida.

Pela autora Christine Aldo – Agosto de 2011 no dia 09.

Christine Aldo
Enviado por Christine Aldo em 09/08/2011
Reeditado em 09/08/2011
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