O vento II

Desta vez trouxeste flocos

Brancos como teu moralismo

Impregnaste-me o corpo límpido

Gritaste audaciosamente

Quando não te dei atenção

Apelaste para a indiscrição

Agora tu és tudo que vejo, ouço e sinto

Num horizonte propositalmente limitado

Em preto e branco, triste e finito

Regido pelas ordens tuas

Guiado pelo meu sentir

E amaldiçoado por ser assim

Tocaste meu ser por inteiro

O juízo foi dilacerado

Em suma, só restou um borrão negro

Ao qual me refiro, apaixonado.

Duda Checa
Enviado por Duda Checa em 06/08/2011
Reeditado em 24/08/2011
Código do texto: T3142385
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