O vento I
O ar que me rodeia é sufocante
Inerente à vida já devastada
Pela dor e outras coisas também nefastas
Supostamente chego a crer,
Em meus ébrios momentos,
Que fui levado por aquele vento
O qual veio ontem como brisa quente
Soprou teu nome em meus ouvidos
Fez-me capacho, ridículo, por seres eloquente
Escravo por pura vontade
Servo da tua imódica insanidade
E, ainda assim, senti saudade...
Escrevi-te, pedi que voltasses
Entregaste-me apenas silêncio
Diluído juntamente com a dor
No mais denso e gélido vento