FAROL

Sobre o mar que outrora revolto se encontrara,

Agora paira uma gélida neblina, escura e densa,

Distinta, ofuscando a visão do navegante.

A nau antes habitada, agora fantasma,

Fria, gélida,

Que não impede a visão de uma ida,

Outra nau que navegava ao lado,

E que agora decide partir.

Não há farol que por ela penetre.

Direção, não encontra.

Perdida, ela paira,

Sendo levada, ora a bombordo,

Ora a estibordo.

Pelo vento que também não é constante.

De uma mansidão que implora uma tormenta,

Nada resta,

A não ser a certeza,

De que a luz do novo dia vem chegando,

Trazendo a bússola do tempo,

Que sempre aponta a nova direção.

D Mork
Enviado por D Mork em 31/07/2011
Código do texto: T3129713
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