ABANDONO

Se um dia a solidão for sua única companhia

e abandonado em seu quarto de mim se lembrar

hás de compreender o amor que recebeu um dia

e que friamente julgou ser pequeno para guardar

Neste momento a dor parecerá dilacerar seu coração

sentirá um frio que nada pode agasalhar

seus pensamentos viajarão em cada recordação

e conhecerá a solidão de quem não soube cativar

Hoje envolto em suas tantas paixões passageiras

não pode ver o que tem de mais valor

nesta vida de boêmio sem estribeiras

vai acumulando passatempos, ilusões e dissabor

Que na solidão em que se encontrar um dia

não seja esmagado pelo desespero e a dor

sufoquei meu amor e te deixo a revelia

desejando que sobreviva, porque sempre será o meu amor

Célia Jardim

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 08/12/2006
Reeditado em 07/12/2007
Código do texto: T312658
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.