As flores e a Rosa
Depois vieram outras flores.
Vieram cravos , risos e dores.
Mas depois da Rosa, meu jardim em prosa criou versos e trovas.
Rosa que brotou sozinha no meu jardim e cravou seu espinho em minha carne, chupou parte do meu sangue,
Mas também enfeitou meu mundo.
E então, morreu.
E então me deixara sem verbo, desletrada.
As flores já não me comovem, elas não se movem!
Imagine, se eu!
Eu não!
As flores nem são belas
Não são perfeitas
Nem as azuis, nem as amarelas
Mas depois da Rosa...
Rosa era de uma beleza eterna, e de um espinho infalível
Os cravos e o copo de leite,
A camélia e a violeta
Nem mesmo o amor perfeito foi capaz de me dar novamente a letra
Minto, restaram a palavras de dor,
As combinações de tristezas
Só perderam-se os antigos suspiros de amor
Rosa, Rosa...
Devolva meu verbo, meu verso, minha prosa!