Desilusão
Então, as rosas secaram.
As pétalas caíram uma após outra.
Ficou a observar as pequenas pétalas no chão.
Na boca, o sabor amargo da desilusão.
Olhos marejados de lágrimas.
Lágrimas que teimavam em rolar,
Como que para esvaziar a imensidão
da dor que sufocava seu coração.
Então, o vento soprou devagar
levando com ele as pequenas pétalas do chão.
Pétalas sem cor, sem brilho, que secaram e caíram
uma após outra no chão.
Observou os talos secos no vaso
E sem pronunciar uma única palavra
secou as lágrimas com as costas das mãos.
Depois, pegou os talos e resolveu acabar
de uma vez com aquela que talvez tenha sido
a maior de suas desilusões.