Mascaras!

Tapei meu rosto, deixo-o coberto

A vergonha que cada dia eu vejo

Do ser humano sombrio e cruel

Da falta de caráter de cada um

Da impotência do seu caminhar

Da imbecilidade, da estupidez

Da falta de vergonha na cara

Do egoísmo, da inveja e da dor

Tapei meu rosto sim, sem medo!

Olhei para o céu e senti-me infiel

Ao meu Pai, ao meu Deus, o Criador

Que a falta que ele faz no coração

De cada um de nós, homens sem fé

Sem rumo, sem amor, sem sabedoria

Hoje a sociedade perdeu os valores

Valores morais, familiares e de união

É cada um por si e não importa escalar

Degraus em cima das vidas dos irmãos

Importa o lucro, o lucro das variadas igrejas

Os lucros dos governos para seu proveito

O lucro é a meta de um país, de um mundo

E as mascaras caem, elas caem por terra

Quando apenas se importa com bens materiais

Não importa perder tempo com os filhos

Nem mesmo com aquele que está aflito

Abram os canais, veja a TV o que eles dizem

Tens a vida a cair por terra? Culpa da inveja

Culpa dos espíritos, venhamos à igreja, nós ajudamos

Tragam umas notas para que compremos algo

O vosso lugar no céu, no paraíso e não temam

Tudo vai correr bem, untem as nossas mãos

Para as tuas lágrimas é a minha maior salvação

Eu vivo na tua amargura e com o teu silêncio

E vivemos na era dos maltrapilhos, dos ingratos

Dos caras de paus, sem leis e sem punição judicial

Apenas cobro o meu rosto na minha tristeza

Meu amado Pai, meu senhor, meu guia, minha luz

Na esperança que amanha seja um dia bem melhor

Na paz, na amizade e na unificação dos povos....

Betimartins
Enviado por Betimartins em 25/07/2011
Código do texto: T3117821
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