Dor
Um estranho olhando um muro
De frente a uma lembrança,
Sem nenhuma esperança
De parar de se preocupar.
Pinto as paredes de preto.
Risco minha lista de amigos.
Fecho as portas e as janelas.
Passo ao largo da vida.
Ando pelas ruas sem destino,
Minhas palavras viram desatinos.
Forço as amarras e as correntes
Que me prendem a rotina.
Sou um prisioneiro de mim mesmo;
Um escravo sem chance de fuga
De uma briga sem razão,
Que parte a alma e o coração.