Desamada desamando!
Temos uma história bonita
Eu acho!
Muitas vezes você me disse isso.
Eu o amo.
Você diz me amar.
Mas meus defeitos
Depois de tanto tempo
Me jogas na cara.
Me feres em palavras
E cadê a beleza que vias em mim
Quando eu era a jovem que te amava tanto
A ponto de pensar que até a dor de parto
Era justificada pelo amor que dedicava a ti?
Você que sempre amei profundamente, me feriu a fundo!
Sacudiu meu mundo,tirou-me o chão.
Me senti perdida,como alguém que descobriu que nada
Era verdade, e a dor da realidade cortou-me o coração
Pela primeira vez odiei o jeito rude de pisar no amor que sempre te dei
E decidi em dor,que aquele amor,que sempre tive,
A partir de agora estará mudado!
Não vejo o teu sentir com o mesmo olhar,
Nunca ficamos tanto tempo sem nos abraçar.
Meu coração ainda dói,ainda não posso voltar a ser o que sempre fui
Divisor de águas,novo jeito de ver...
Tirei a aliança do dedo,mas a recoloquei,no mesmo dia.
Eu estava com muita raiva,
Eu te disse que se quisesse ir que fosse!
Me dissestes que irias,fiquei furiosa!
Se eu fosse por pra fora os sentimentos seria estupidêz
Nesses dias todos, nós quase como estranhos...
Nenhum abraço,nenhum pedido de desculpas!
E uma solidão que eu nunca havia sentido...
Mas fica a lição:eu entendi que sou um ser à parte de ti
E por mais que me doa,e me faça sofrer,se um dia descumprires teus
Votos,eu sobreviverei!Eu não irei embora,mas se fores, não haverá
Volta,nem espere de mim amizade,eu não tenho essa nobreza!
Eu ainda choro só de lembrar das palavras duras
E a minha luta ainda é para conquistar as curas
Pois preciso de muitas,para me ver de novo
Com aquele amor,que mesmo imperfeito
Cravejado com meus defeitos me fez te dar o melhor de mim
Que não te basta,mas é o melhor que posso ser!
Não te prometo milagre,continuarei como sou
Mas uma coisa aprendi,vou lutar para ter autoamor
Dos outros se vier é lucro!
Mas nunca mais quero ter aquela fragilidade de antes!
Acho que em dor,com o coração sangrando pelo ácido das tuas
Palavras, virei adulta de vez! já era hora,eu sei.
Não mais serei aquela criança que corre atrás do doce
A partir de agora,me agarrarei à minha meta,
De reconstruir meu ser,de viver o que não vivi
Juntando mais uma vez os cacos do cristal que de novo quebrou...
Se queres ficar,já que não fostes,
Terás que respeitar meu tempo
E só quando o temporal passar
Meu coração se acalmar
Aí sim talvez ainda haja um jeito
De resolvermos as nossas diferenças
Desde que isso signifique por ações
Mostrar-me que me aceitas
Sem querer exigir que eu seja
O que nunca simulei ser
Não amavas quando me revelei?
Então que aguentes!
Afinal eu também investi
Minha vida...
Mas boba,eu não sou mais!
Se fores,depois será tarde de mais!
Meu coração endureceu!
Romantismo morreu...
Não pagues para ver!
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