Desdenho
Adiantaria se fosse de tua consciência
A angústia que dói em meu peito
Sofrendo ainda por antecedência
Por saber que não mais te respeito
Pois precisaria tu
Aprender a razão
pela nossa idade de outrora
E que ainda é NÃO
O que poderia ser AGORA
E a ti que constrói
Na solidão, o teu alto muro
Esquece que o passado destrói
Com a mesma mão o teu futuro
Vivera até aqui para te dizer
Que sozinha nada teria
Quisera todo meu viver
Renunciando a tudo
Todo dia...
Contudo não te cabes em si
Saber aquilo que penso, faço
Pois a se demorar em ti
Alcançar-te-á o fracasso!
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Diversos Caminhos
Ed. Arte e Ciência
1996